30 outubro 2015

São flores, mas não deviam ser

São flores que a mãe me pediu para apanhar do meu jardim e não devia ter pedido. São camélias e estrelicias que o Pedro apanhou de manhã e não devia ter apanhado. São flores que a mãe vai levar amanhã ao cemitério e não devia levar. São do meu jardim para ti, mas não deviam ser.

São dias que não deviam existir sem ti.

Os amigos dizem que aqueles que nós gostamos nunca partem, que estão sempre connosco e que tu estás sempre comigo. Mas não estás. Não jantaste comigo ontem, não almoçaste comigo hoje e não preciso de guardar lugar para ti na mesa deste Natal porque sei que não vais estar. 

E quando me perguntam como aguento, encolho os ombros e respondo, há dias que não.

4 comentários:

JB disse...

Não consigo imaginar... Um abraço forte querida Patrícia <3

JB disse...

Não consigo imaginar... Um abraço forte querida Patrícia <3

Jane Silva disse...

Patrícia...se te disser que me caíram lágrimas sem eu sequer ter tempo para as tentar segurar... Não imagino, nem quero imaginar( desculpa o egoísmo)...só me resta encolher os ombros e limpar a cara!! Beijinho com muito carinho!!!

Patrícia Costa Mateiro disse...

Beijinhos, obrigada!

Pedro Miguel Beja de Jesus Costa

N 08.04.1983 / F 13.09.2005