19 dezembro 2006

Querido João Maria,

Estou sentada na minha secretaria a escrever-te esta carta e a pensar nas primeiras palavras que disse à minha melhor amiga, “ O que é que eu faço agora?”…pois é, esta pergunta surge-me todos os dias e continuo sem resposta para esta pergunta embora a resposta seja bastante evidente, a minha mente rejeita-a.

Ao escrever-te esta carta, não só estou a lutar contra o fantasma de alguém que amei e perdi, mas também para que saibas que o teu Tio Pedro foi a melhor pessoa que eu conheci.

Um ano e três meses passaram….mas agradeço pelo teu tio Pedro ter aparecido na minha vida ter-me dado tanta alegria, agradeço por me ter amado e mais do que tudo agradeço pelas recordações que guardarei para sempre.

Embora esteja ainda a lamentar aquilo que poderia ter sido, sinto-me eternamente grata por ele ter entrado na minha vida.

João escrevo-te esta carta, para que saibas que o teu Tio Pedro amava-te muito e para saberes que é possível seguir em frente com as nossas vidas, por mais terrível que seja a nossa dor.

Não sei se os mortos podem voltar para junto de nós e andar junto de nós sem serem vistos por aqueles que os amaram, mas se podem, então não te preocupes, ele estará sempre contigo.

Com amor,
Teresa Cordeiro

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Pedro Miguel Beja de Jesus Costa

N 08.04.1983 / F 13.09.2005